23 de fevereiro de 2012

Ontem, em um passado não tão remoto, diga-se de passagem, aprendi algumas coisinhas na escola. Os professores diziam que seriam fundamentais para a minha vida.
Em matemática aprendi as quatro operações básicas (soma, subtração, divisão e multiplicação) e fazer, exaustivamente, equação do segundo grau.
Em geometria, só sei que existe triângulo perfeito e isósceles e que a soma dos catetos ao quadrado é igual ao quadrado da hipotenusa, é isso mesmo?
Em inglês, não saí do verbo to be. Detalhe, só o presente.
Em química sei fazer algumas separações de misturas, algumas. Aprendi também que posso ligar um hidrogênio, quatro carbonos e dois oxigênios. E no que da isso? Não faço idéia.
Em biologia aprendi que os animais invertebrados não têm coluna vertebral (oohhh!), isso porque sempre associei a uma minhoca.  Aprendi também um tal de AA, aa, Aa, ab.
Em língua portuguesa aprendi que vírgula se usa como uma pausa. Ainda bem que tive uma aula reforço sobre isso. E quando achava que finalmente estava aprendendo as regras gramaticais, me vem um sujeito e muda as regras.
Hoje, sou publicitária, trabalho em uma agência de publicidade onde as pessoas fazem contas no Excel. Onde o Word corrige as palavras. Onde não sabem como se côa um café. Onde AA significa papel alto alvura. Onde a criação só conhece número se for de pantone.

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